Fumo
Posted 24 Setembro 2006
on:- In: poesia | textos
- Deixe um Comentário
Chove…
a cada passa
cabe a imortalidade
do momento
entre o antes e o depois.
Caberá o mundo
nesse instante de tempo?
e a terra? e os planetas?
e tudo aquilo que conhecemos?
e tudo aquilo que ignoramos?
e deus e pátria e família…
e fado e futebol e fátima…
a bem da nação
liberté, fraternité et egálité
e máquinas e computadores
e missões no espaço, nas torres gémeas,
ou no Iraque…
e o Bush aos beijos ao Saddam
uma pausa para um recado,
e a insulina e o frigorífico
(que lhe digam pra não esquecer),
e o universo todo e mais algum,
pois dizem continuar crescendo
até onde não mais termina,
termine ali, no novelo que se desenrola
da solidez inexorável do cachimbo,
ouve-se borbulhar a água,
começado e acabado
no mesmo instante
… sim… cabe!
com um agredecimento ao Seco pelos ajustes estóficos que propôs
Deixe um comentário