o gajo k n tem juízo nenhum!

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Michael Moore, conhecido pelos seus filmes que desmascaram  o “american way of life”, brinda-nos desta vez com um Sicko que põe a nu como são tratados os americanos pelas suas “mais que excelentes companhias de seguros de saúde privadas”. Depois de ver este filme até o merdoso sistema nacional de saúde português parece um conto de fadas…

É de gritos ver a estupefacção das pessoas quando Michael Moore lhes perguntava quanto tinham pago pelos atendimentos em hospitais do Canadá e do Reino Unido, ou a estupefacção daquela senhora que em Cuba paga 5 cêntimos pelo mesmo medicamento que nos EUA lhe custaria 120 dólares!

Mas este filme chama a atenção para outra coisa; no caso de Portugal, as reformas e reforminhas que têm sido feitas no SNS, na gestão dos hospitais, a introdução das taxas moderadoras (que têm aumentado a ritmo galopante, sem ninguém se dar conta) levam a crer que há uma orientação (estratégica?) para que o SNS se venha a tornar num sistema de saúde privado. Como referência, olhe-se para as história das propinas e para a alteração dos modelos de gestão das universidades que, segundo parece, em breve se irão tornar fundações (mais um passo!).

Um dia destes, um gajo anda aí na sua vida e acontece-lhe um acidente.  É tratado no hospital e no fim brinda-no com uma conta que é mais do que poderia ganhar em toda a sua vida…

A mim, já me aconselharam, pessoas que de alguma  forma estão ligadas ao sistema de saúde, a precaver-me com um seguro de saúde!

Por outro lado, acho que as taxas moderadoras (tal como as propinas) são uma aberração quando olhamos para a Constituição da República Portuguesa: deveria surgir um movimento cívico que objectasse a sua legalidade e o seu pagamento.

Aqui fica o trailer de SiCKO:

Neste clima de enforcamentos, intromissões políticas várias e outras atitudes pouco humanistas por parte daqueles que se arrogam como garantes da liberdade e da democracia , é de salientar que ainda há quem tenha coragem política, e não só, de denunciar algumas das injustiças que, hipocritamente, se vão comentendo por esse mundo fora.

É assim que o gajo tem a liberdade de dar a conhecer o projecto teatral Sós em Miami, produzido pela companhia Teatro em Movimento, que denuncia a prisão arbitrária de 5 homens pelo governo dos Estados Unidos, sem qualquer acusação formada.

Este espectáculo estreará no próximo dia 28, pelas 21h30, no Auditório do Instituto Português da Juventude (IPJ) de Coimbra, contando com a colaboração de vários estudantes universitários desta cidade. De seguida, este espectáculo iniciará um tour nacional e, porventura, internacional.
Cartaz Sós em Miami

Para mais informações sobre este estranho julgamento poderá consultar o sítio Miami 5 que contém abundante informação sobre o caso.

Acho que Mário Soares, apesar de velhinho e de começar a ter algumas dificuldades na articulação do discurso, esteve bem na análise que fez ontem à noite no programa da RTP1 “Prós e Contras”. Pacheco Pereira, na sua análise independentíssima (quem é que te paga, caralho?), próxima da extrema-direita (ele que militou na perigosíssima extrema-esquerda maoísta do MRPP, juntamente com Durão Barroso [better, José Manuel Barroso] e Arnaldo de Matos [advogado que defende pobrezinhos, tais como BP, Galp, Shell, Exxon e por aí fora!]), considera que os EUA são as vítimas e estão (estavam) no seu direito de responder e os islâmicos eram os bichos papões que poderiam lançar uma(s) bomba(s) atómica(s) sobre qualquer cidade do paraíso ocidental…

Independemente das teorias da conspiração que por aí circulam (as quais são dignas de crédito, tendo em conta que há, de facto, várias incongruências sobre os acontecimentos do 11 de Setembro, bastante conhecidas e melhor divulgadas, que o Governo dos Estados Unidos não explica!), vamos supor que que as Torres Gémeas vieram abaixo devido a um ataque (exclusivo!) da Al Qaeda. É claro que o país atacado pode (podia) responder, assim como os restantes países que são (foram) atacados… mas a resposta tem que passar sempre pela busca das causas do problema; ora, essas radicam nos países ocidentais capitalistas. Que quero dizer com isto?

  1. Quem tem interesses económicos no golfo Pérsico?
  2. Quem tem interesses geo-estratégicos no Afeganistão?
  3. Quem tem ambições expancionistas no Médio Oriente?
  4. Quem financia a Al Qaeda e outras organizações fundamentalistas?
  5. Quem fornece o know-how militar e as armas a este tipo de organizações?
  6. Quem lucra com a manutenção de ditaduras e baixo nível económico-social nos países de cultura islâmica?
  7. Quem…?

As respostas a estas perguntas não são difíceis para as pessoas que acompanham com um pouco de atenção e olhar crítico e remetem para pessoas e organizações que, quer queiramos, quer não, pertencem à sociedade ocidental de matriz greco-romana e judaico-cristã. Verificamos, assim, que os verdadeiros culpados do tal “conflito civilizacional”, ou lá o que lhe quiserem chamar, são os mesmos que as teorias da conspiração apontam; directa ou indirectamente somos nós, civilização ocidental, responsáveis. E, quanto a isto, os governos dos países ocidentais teriam que fazer uma reflexão profunda antes de se porem a lançar bombas contra quem quer que fosse.

No entanto, as decisões irreflectidas que foram tomadas, estão a levar os povos atacados a deixarem-se contagiar pelas doutrinas fundamentalistas islâmicas (que também as há noutros credos, em particular no cristão) e a engrossar as fileiras de apoiantes e membros de organizações como a Al Qaeda.

Como se poderia ter respondido?

Como diria Soares, falando com os árabes, falando com os árabes. Os Estados Unidos mantêm desde há largo tempo aliados na civilização islâmica; há vários players que podiam assumir posições de grande influência em Estados como o Afeganistão, o Iraque, ou o Irão, como Marrocos, a Líbia, o Egipto, a Arábia Saudita, a Indonésia, a Malásia ou o Paquistão. Poder-se-iam tentado outras receitas, mas optou-se pela guerra, a mais fácil e mais lucrativa.

Pergunto: agora quem são as vítimas? Tenho três respostas: afegãos, iraquianos e libaneses, entre os quais há quem se queira vingar de quem lhe fez mal.

medo, medo, medo, medo, medo, Medo, MEdo, MEDo e MEDO!

E quanto às bombas atómicas, da última vez que verifiquei, os únicos gajos que lançaram este tipo de armas sobre pessoas foram os americanos.

Temos de ter medo de quem, afinal?


Imagens de soldados (mercenários) feridos na guerra do Iraque
(
clique aqui para ver +)…

fonte: voltairenet.org
via: indymédia e resistir.info

excelentes comentários do matarbustos a esta notícia sobre o abandono da universidade de estudantes sem dinheiro… (ler)
… e a
esta sobre o uso de armas químicas pelos EUA… (ler)

via: matarbustos


Pode ler-se o diário íntimo e pessoal do Jorge Dable-iú Embuste aqui

 

 

 

imagem: bjorn-comic.com


Não resisto a publicar um artigo de Kathy Young, uma mulher americana de “classe média” que relata as aflições da sua vida.

O artigo À espera de ser paga pode ler-se aqui, aqui e, na sua versão original, aqui.

Publico aqui um cartune (port. ant. cartoon) do hondurenho Dário Banegas:

 

via: Buraco da Fechadura


a música do gajo

a malta vai para aki a seguir

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